quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Importante exercer a cidadania

Nesta próxima quinta-feira, 30 de novembro, encerro uma das empreitadas mais importantes na minha já longa trajetória profissional


Eu sou municipalista de longa data, por entender que o ente federativo mais importante de um país é a cidade

Importante exercer a cidadania - Eu sou municipalista de longa data, por entender que o ente federativo mais importante de um país é a cidade | arquivo pessoal

Durante oito anos na chefia da seção de jornalismo da Câmara Municipal de Uberlândia, tive a oportunidade de viver a experiência de servidor público, conhecer as responsabilidades, limitações e os apuros de atender da melhor forma tanto os colegas quanto aos vereadores e vereadoras.

Uma honra pelos tantos professores entre colegas e vereadores que me ofereceram a visão por diferentes prismas, do processo de construção das leis e toda a diplomacia envolvida nessas questões. Todas as discussões pela ótica de oposição X situação, naquilo que resulta no funcionamento das cidades.

Eu sou municipalista de longa data, por entender que o ente federativo mais importante de um país é a cidade, o lugar onde tudo realmente acontece, onde se produz, onde se vive, onde se ganha o pão, onde se constitui família, tenhamos nela nascido ou escolhido em dado momento da vida.

Uma lei, por simples que seja, percorre um longo caminho entre a percepção de uma determinada questão e a votação em plenário e consequente sanção pelo prefeito ou promulgação pelo presidente da Câmara, conforme a natureza e circunstância do assunto em questão.

A Câmara Municipal é um lugar onde as ideias fervilham e conflitam, onde o fundamento jurídico precisa encontrar o anseio de um ou de vários setores da sociedade e a oposição daqueles que enxergam a matéria por outro viés, para que em dado momento se chegue a um consenso e se crie ou não e até se revogue ou se corrija uma determinada lei.

Não é tarefa simples e quem nela trabalha precisa acompanhar esse vulcão.

Pelo Brasil e em Uberlândia não é diferente, a galeria, reservada à população, muitas vezes está vazia, falta o cidadão.

Não aquele que organizado em grupo, sempre lota os espaços, quando da apreciação de matéria de seu interesse, mas o indivíduo, estudante, trabalhador, dona de casa, profissional liberal, que na minha visão deveria reservar um tempo e se familiarizar com o lugar onde os destinos da cidade, nossa casa, nosso papel na sociedade, são discutidos e decididos.

A participação dos cidadãos desde o voto até a conclusão dos mandatos é fundamental para amadurecer e ampliar o debate e contribuir tanto para a arrecadação quanto a destinação das verbas ao longo dos quatro anos e mesmo a projeção para o futuro e a qualidade das políticas públicas em curso ou por implantar.

Aquelas mulheres e homens que se reúnem para defender ou contestar ideias e leis vigentes, que às vezes brigam, às vezes se juntam numa roda, que usam a tribuna para denunciar ou aplaudir, que divergem ou concordam, estão em suma, representando a vontade de todos aqueles (nós) que a cada quatro anos renovam ou cancelam esse direito.

O Brasil passa por um momento delicado de sua história e um descrédito generalizado nas instituições.

Na minha visão, o começo da mudança é a participação das pessoas na rotina política e social das cidades e a Câmara Municipal é o lugar absolutamente adequado para que isso aconteça.

Aproxime-se do vereador ou vereadora que você elegeu, informe-se sobre os trabalhos que realiza e em quais causas está envolvido. Mesmo que o seu voto não tenha sido contemplado com uma cadeira na casa legislativa, busque conhecer os que estão lá.

Em tempos de internet com tanta informação vazia e muitas vezes falsa ou sensacionalista é importante buscá-la na fonte, sempre. Todos estão empenhados em oferecer o seu melhor.

Penso que será uma experiência rica e positiva, como foi a minha nesses oito anos que trabalhei lá. Esse envolvimento resulta em exercício da cidadania, tão importante para recolocar o nosso amado Brasil nos eixos outra vez.

Agora, aqui de fora, vou me empenhar em fazer a ponte entre o que se discute lá e o que as pessoas pensam e sentem e espero ser bem sucedido mais uma vez.

E quero vocês todos junto comigo. Sejam bem vindos.

Pedro Reis é jornalista, ambientalista e artista plástico. Editor do FarolCom e do FarolCom Inteligência

Pedro Reis
FarolCom Inteligência (FCI)

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